10 de janeiro de 2011

Já passou

Prisioneiro Guardião

Cego pela obsessão,
Não vejo o que meus olhos vêem,
olho para trás, imagino o futuro,
o presente, camuflado entre sonhos perdidos,
se esconde de mim como em um jogo sem fim.
Solitária mania;
tenho olhos que não vêem,
ouvidos que não escutam,
dedos que não sentem
Enjaulado mental.
Grades imaginárias me isolam desse Mundo,
A chave, ela, está na fechadura,
Preciso, apenas gira-la.


Destinos

Meu destino dentro de um pote,
Tudo que me restou.
O que fui, consumido pelas chamas,
se tornaram a lembrança do meu ser,
Para o caminho do esquecimento.
Em pó, o sopro dos ventos me levarão,
Alegre partida, sem correntes com o Mundo.
O caminho continua,
A constante mutação de todos os seres
completou mais uma passagem.

Esperando o ônibus a caminho do trabalho, Londres, 2008.

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